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A UNIÃO FEZ A FORÇA

  • Foto do escritor: CÁSSIA FERREIRA
    CÁSSIA FERREIRA
  • 4 de dez. de 2017
  • 3 min de leitura

Mobilização tem desfecho positivo para os skatistas brasileiros.

“A união fez a força”, declarou Sandro Dias (hexacampeão mundial de skate vertical e diretor de esportes da CBSK) ao anunciar que finalmente a CBSK (Confederação Brasileira de Skate) fora reconhecida pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro) como entidade brasileira responsável pelo skate nas olimpíadas de Tóquio, em 2020. Ao lado de Bob Burnquist (medalhista recordista em X-Games e presidente da CBSK), os maiores ídolos do skate brasileiro comemoram a decisão depois de quase um ano de luta, fazendo a frase clichê ter um sentido bem literal.

E se o skate como modalidade olímpica chegou a dividir opiniões entre os mais 8 milhões de skatistas brasileiros, uns felizes pela evolução do esporte e outros com receio que competição corrompesse a cultura, o embate caiu por terra quando a tribo toda teve que se unir em prol da representatividade do skate nos jogos olímpicos. A mobilização foi estimulada inicialmente pela campanha nas redes sociais #somostodosCBSK como forma de pressionar o COB. “A campanha fez nascer uma união que nunca teve, já que a comunidade se sentiu ameaçada por uma entidade que não tinha nada a ver com nosso estilo de vida... E com isso o pessoal se uniu, deixando de lado algumas diferenças para defender a nossa confederação e nossa ideologia”, analisa Ed Scander, ex-vice-presidente, e atual secretário da CBSK.

Desde que o skate foi anunciado como categoria olímpica, surgiu a polêmica sobre qual entidade representaria o Brasil, já que o COB havia reconhecido a CBHP (Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação) por questões burocráticas relativas a filiações internacionais. Porém, quem está à frente das competições de skate no Brasil há cerca de 20 anos é a CBSK e por isso a decisão do COB gerou revolta entre os skatistas. Sendo este um momento de grandes mudanças para o esporte, já que a representatividade envolve também questões como o repasse de verbas da lei Agnelo/Piva que possibilitará novos investimentos para o skate.

O movimento ganhou visibilidade internacional, com manifestação de renomados skatistas como Pedro Barros, Rony Gomes, Letícia Bufoni, entre outros cotados para as vagas olímpicas e com grandes chances de medalhas, ameaçaram boicote aos jogos se a CBSK não os representasse. A polêmica gerou uma articulação política na instituição. Ed Scander sabendo da necessidade de fortalecer a confederação, e do interesse de Bob Burniquist em ajudar, disse que “a manobra legal possível foi a renúncia da gestão atual”, passando o comando para o ídolo. Segundo ele, Bob conversou com os principais skatistas do Brasil e do mundo antes de tomar a decisão. E quando assumiu a pasta trouxe junto um time de profissionais de peso, entre eles, Sandro Dias. Outras pessoas não relacionadas diretamente ao skate também compõe a nova diretoria, como Eduardo Musa, especialista em marketing esportivo e ex-assessor do jogador Neymar, na vice-presidência.

Para Scander a mobilização #somostodosCBSK, além da ISF (Federação Internacional de Skate) comprando a briga pesou na decisão do COB, mas reconhece que “a participação do Bob e do Sandro Dias foi fundamental para tender a balança paro o lado dos skatistas e da CBSK”.

No vídeo lançado pela CBSK no facebook, com o anúncio da vitória dos skatistas, Bob agradeceu a todos que participaram da campanha #somostodosCBSK, e reforçou que ainda “há muito trabalho a ser feito além da questão olímpica”. Sandro Dias complementou dizendo que o resultado “mostrou o quanto o skate é unido” e como a mobilização foi importante para “reconquistar” o lugar da CBSK.









 
 
 

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