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SKATE NO BRASIL: CULTURA, PRÁTICA E CONSUMO

  • Foto do escritor: CÁSSIA FERREIRA
    CÁSSIA FERREIRA
  • 16 de mai. de 2018
  • 3 min de leitura


NOTA: Esse site foi desenvolvido como propósito de um trabalho de conclusão de curso em Jornalismo, o famoso TCC. Por isso, envolveu uma série de procedimentos, estudos e apuração sobre todo cenário do skate no Brasil. Assim, desenvolvi essa enquete para entender o perfil de consumo e cultural dos skatistas brasileiros, abordando o skate enquanto cultura, esporte e identificando comportamentos de consumo de mídia.

Os resultados estão apresentados abaixo, e à seguir uma análise do ponto de vista editorial.


O Paralelo pretende dar continuidade ao trabalho de pesquisas, pois entende que essa é um ferramenta fundamental de entendimento da cultura, para que projetos sejam desenvolvidos em prol do real interesse e necessidades dos skatistas.



ANÁLISE

Modalidades de acesso e permanência: A enquete apontou que a maioria dos skatistas (67%) tiveram o primeiro contato com skate de rua (street). E também aponta uma possível multimodalidade, pois a maioria (86%) afirma ter aderido a pelo menos mais uma modalidade simultaneamente. Isso também pode ser percebido quanto as modalidades que praticam atualmente. Confirmando o fato de que muitos também migraram entre as modalidades, aderindo a outros estilos de skate, mas sem deixar a prática inicial. Além disso, também podemos perceber que as modalidades em ascensão são park/pista, bowl e longboard downhill.


Frequência de prática: A maioria dos skatistas (59,8%) afirmaram andar de skate semanalmente, e 18%, diariamente. Fato que pode ser refletido sob um ponto de vista particular, no uso cada vez mais frequente do skate como meio de transporte pelas ruas da cidade, além de ser portátil e fácil de carregar em qualquer outro veículo, como forma de uma integração multimodal. Ainda que esta pesquisa não tenha apontado explicitamente para este fator, abre um ponto de debate de interesse da comunidade.


Ideologia e reconhecimento: Neste item podemos observar o comportamento ideológico em torno da cultura Skateboarding. Através da Escala de Likert foi possível analisar a percepção dos próprios skatistas em relação ao skate a sua cultura a partir o grau de conformidade com algumas afirmações. Neste ponto, podemos observar a forma como os skatistas encaram a própria cultura. Quanto ao caráter transgressor, apresentado no primeiro quadrante, como uma característica de contracultura pelas raízes do skate, a maioria apresentou discordância com tais valores (49%). Apesar de não se distanciar muito dos que concordam total ou parcialmente (39%). Neste item também podemos apontar um maior índice de abstenção (12%). Já no segundo quadrante, há praticamente uma unanimidade (94%) ao relacionar a cultura a um estilo de vida aliado a adrenalina. Mas, no que diz respeito a percepção de preconceitos, também podemos observar a divisão de opiniões. Analisando os dados separadamente, é possível perceber que a concordância de que o skate ainda tem preconceitos machistas e homofóbicos foram assinalados por 60% das mulheres e 100% dos homossexuais respondentes. Além de apresentar um nível de abstenção maior que em outras questões (11%). O que pode significar, que apesar da maioria não concordar que há preconceitos na cultura, ele é sentido pelos grupos que o sofrem, mulheres e homossexuais.


Consumo de mídia: Questionados sobre as mídias que acessam para se informar sobre skate a maioria mostrou preferência pelos meios digitais, além de forte presença nas redes sociais. No que diz respeito a origem das mídias acessadas pelos skatistas: 62,3% acessam mídias nacionais na mesma proporção das internacionais. A hipótese é que os skatistas estão conectados com a rede mundial, e por isso também tem interesse nas mídias internacionais. Podendo também ser atrelado ao fato de haverem poucos veículos especializados no Brasil, ou ainda pela falta de conteúdos de contexto mundial.


*A pesquisa contou com 204 respondentes. O formulário foi disponibilizado on-line durante os meses de julho à setembro de 2017.

 
 
 

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